Casos de Covid-19 abrandam no concelho de Évora após valores máximos registados em janeiro

 O concelho de Évora registou, durante o mês de janeiro, o pico de número de casos de cidadãos infetados pelo Covid-19 tendo-se verificado, a 31 de janeiro, um crescimento de 44,2%, informou o Município Eborense em nota de imprensa enviada às redações.

No período em análise, registaram-se mais 1298 casos de um total de 2937 (desde o início da pandemia). 

A estes valores, já de si dramáticos, e que acompanharam a tendência nacional, verificou-se ainda, lamentavelmente, um enorme crescimento do número de óbitos. 

A 31 de dezembro o concelho tinha 11 óbitos registados e volvido um mês eram 54, ou seja mais 43 falecimentos. 

Perante este cenário, a Câmara Municipal de Évora, no âmbito das suas competências, tem procurado tomar todas as medidas necessárias para minimizar o impacto da pandemia no concelho, articulando algumas dessas medidas com as restantes instituições que estão na linha da frente deste combate. 

Neste capítulo, destaque natural para a montagem, em parceria com o Hospital do Espírito Santo (HESE), da Estrutura Municipal de Apoio ao Hospital para doentes COVID, assim como o apoio permanente e gestão da logística não clinica desta estrutura, assegurando neste campo: a equipa de limpeza do espaço; o serviço de refeições; o serviço de lavandaria; o controlo e registo das entradas e saída na estrutura municipal; materiais de higiene e limpeza do espaço; custo com a cedência do espaço e consumos de energia e água; climatização de todo o espaço; adaptação inicial do mesmo para esta função; mobiliário necessário incluindo frigoríficos, TV´s, micro ondas e toda a roupa de cama (cobertores e almofadas). 

O Hospital tem a seu cargo toda a responsabilidade da gestão clinica dos doentes e do espaço, assim como de todos os materiais e equipamentos clínicos necessários e pessoal (médicos, enfermeiros e auxiliares de apoio ao doente). 

Até ao dia 3 de fevereiro, a Estrutura Municipal de Apoio ao Hospital para doentes COVID já tinha recebido um total de 77 internados permanecendo no local 14 doentes. Ainda no âmbito das competências do município foi criada e mantém-se em funcionamento a Estrutura de Apoio de Retaguarda (EAR), antiga ZCAP Municipal, na residência Manuel Alvares (Universidade de Évora). A EAR, que agora dá apoio em termos distritais, serviu recentemente para a evacuação do lar da casinha II e, inicialmente, para o lar da quinta da Sizuda. 

No âmbito desta EAR, o município suporta os custos com o edifício e deixou no mesmo, por empréstimo quando transitou de ZCAP para EAR, toda a logística, nomeadamente roupa de cama e pijamas para os utentes e diversos materiais e equipamentos. 

Desde o início da pandemia, a Câmara Municipal de Évora, através da Divisão de Educação e Ação Social, tem assegurado a aquisição de compras e outras questões a famílias confinadas, e os serviços de higiene estabelecem um horário específico para a recolha do lixo junto das residências destas famílias. 

Mantém-se o apoio através da cedência de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) aos Bombeiros Voluntários de Évora, tendo em conta as dificuldades na sua aquisição e ao grande volume gasto por dia considerando o número de transportes de casos suspeitos e/ou confirmados e o apoio ao Agrupamento de Centros de Saúde – ACES no processo de vacinação à COVID-19 com a cedência de viatura, e preparação para o processo posterior de vacinação em grande escala da população e de grupos maiores com cedência de espaço, têm sido mais alguns dos contributos da CME no combate à pandemia. 

Em traços gerais, o panorama Covid-19 no concelho de Évora dá mostras de algum abrandamento com o número total de recuperados (1771) a ser superior ao dos ativos (1148) – dados referentes a 2 de Fevereiro. 

Segundo dados do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Alentejo, Évora poderá ter atingido o pico na semana de 17 a 21 de janeiro, com 408 novos casos nessa semana. Regista-se ainda que cinco estruturas residenciais de idosos e uma estrutura residencial de apoio à deficiência têm casos ativos e que estão sob vigilância das autoridades de saúde.




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