A
APORMOR, associando-se à indignação geral motivada pelo comunicado
do dia 9 de Dezembro da Senhora Ministra da Agricultura, onde é
deixado à escolha dos agricultores a decisão de optarem por uma
única medida Agro-Ambiental na candidatura do Pedido Único de 2020,
vem manifestar o seu mais veemente repúdio por tal anúncio.
Consideramos
que esta decisão rompe com os compromissos assumidos no atual Quadro
Comunitário de Apoio (QCA), que deveriam continuar até à definição
do próximo QCA, e é uma opção puramente economicista e até
incongruente com o programa do Governo, que se compromete em
«promover uma agricultura resiliente» e a «adotar medidas de
gestão e conservação do solo, a apostar em pastagens permanentes
semeadas e melhoradas, a apoiar e dinamizar a silvopastorícia
extensiva». No entanto, vem agora dar um passo atrás, cortando
precisamente nos apoios de Medidas Agro-Ambientais que promovem estas
boas práticas agrícolas.
Os
agricultores não têm culpa que, por responsabilidade exclusiva dos
decisores políticos, as negociações da nova Política Agrícola
Comum estejam paradas. Ninguém consegue planear o futuro enquanto
não forem definidas as novas linhas de orientação sobre as
componentes ambiental e produtiva.
A
manter-se esta (des) orientação, ficam o Governo e a Ministra da
Agricultura responsáveis pela inviabilidade económica e financeira
de inúmeras explorações agrícolas e pelo agravamento
do despovoamento do mundo rural.
A
APORMOR enviará uma carta à Senhora Ministra da Agricultura expondo
esta preocupação e associar-se-á a todos os movimentos nacionais
ou europeus que assumam a defesa da importância económica e
ambiental do Mundo Rural e de todos os que nele vivem e trabalham.
Esperamos que o Governo reconheça o erro desta decisão e que o
corrija a tempo, em nome da sustentabilidade da agricultura e do
território rural.
A APORMOR
A APORMOR-
Associação de Produtores de Bovinos, Ovinos e Caprinos da Região
de Montemor-o-Novo, fundada em 11 de Julho de 1990, conta com cerca
de 200 associados, que detêm perto de 60.000 hectares de área de
pastoreio. Representa os interesses coletivos dos produtores de
pecuária extensiva, atua na preservação do ecossistema
agro-silvo-pastoril do montado e promove os valores do mundo rural.
É
uma importante entidade dinamizadora da economia do concelho de
Montemor-o-Novo.
Promove nas suas instalações, no Parque de Exposições, o único
Leilão de Ovinos/Caprinos realizado em Portugal (na 3ª quinta-feira
de cada mês) e um Leilão de Bovinos (semanal, realizado à
terça-feira), onde são transacionados por ano cerca 25.000 bovinos
e 18.500 ovinos/caprinos.

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