EGIPTO: Oito igrejas coptas encerradas pelas autoridades após protestos de muçulmanos

A diocese copta ortodoxa de Luxor, no Egipto, acaba de ver oito das suas igrejas serem encerradas pelas autoridades após protestos violentos por parte de aldeões muçulmanos.

Essas igrejas aguardavam ainda o reconhecimento oficial das autoridades públicas mas estavam já de portas abertas com base nas garantias proferidas pelo Ministro da Construção que anunciou, em Janeiro, que os cristãos poderiam continuar a reunir-se nos locais que tivessem apresentado pedidos de reconhecimento e aguardassem a atribuição da respectiva licença.

Calcula-se que  haverá várias centenas de igrejas em todo o país nesta situação.

O fecho destas igrejas trouxe um sentimento de revolta à comunidade cristã tanto mais que não haverá conhecimento de qualquer mesquita encerrada pelas autoridades em circunstâncias idênticas.

Um dos templos encerrados, a Igreja Ortodoxa Copta da Virgem Maria e de São Moisés, situada ao sul da cidade de Luxor, teve de fechar as portas no dia 22 de Agosto depois de se ter registado um ataque por grupos de muçulmanos.

Em consequência desse ataque, as autoridades selaram o edifício, colocando elementos das forças de segurança nas imediações.

Entretanto, sinal de um clima de forte tensão que se está a verificar no Egipto, nos últimos dias ocorreram outros episódios de violência com ataques a aldeias cristãs por parte de grupos de muçulmanos.

Um desses episódios aconteceu na sexta-feira, dia 31 de Agosto, numa aldeia no alto Egipto, em que várias habitações foram atacadas registando-se pelo menos três pessoas feridas que tiveram mesmo de ser hospitalizadas.

Segundo divulgou a diocese Ortodoxa Copta de Minya, “os agressores” são contra a “presença da igreja na região”. Apesar de as autoridades terem sido informadas de que circulavam rumores sobre eventuais ataques à aldeia, as autoridades só apareceram depois do ataque ter sido consumado.


Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal

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