IRAQUE: Governo de Bagdade anuncia visita do Papa Francisco ao país

O Papa Francisco deverá visitar o Iraque “em breve”, segundo informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros deste país após um encontro, no Vaticano, entre o Cardeal Pietro Parolin e o Embaixador do Iraque na Santa Sé, Omer Berzinji.


Na nota publicada por Bagdade afirma-se que o Papa Francisco “tem a intenção de visitar o Iraque depois da formação do novo governo iraquiano”, após as eleições parlamentares que aconteceram em 12 de Maio.

Segundo o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Iraque, com esta possível viagem apostólica, o Papa Francisco pretende levar “uma mensagem de paz e solidariedade às diferentes religiões, especialmente depois da vitória dos iraquianos sobre o grupo terrorista do ISIS”.

Esta não é a primeira vez que se fala numa possível viagem do Santo Padre ao Iraque. Em Maio, o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, assegurava, numa entrevista ao Vatican News, que o Santo Padre “está disposto a viajar ao Iraque e à Síria, se as condições de segurança permitirem”.

Já em Fevereiro, por ocasião da jornada internacional da Fundação AIS de sensibilização e de oração pelos cristãos perseguidos no mundo (em que diversas igrejas e monumentos foram iluminados de vermelho, iniciativa que se estendeu também a Portugal), o patriarca da Igreja Caldeia Louis Raphaël Sako teve oportunidade de se encontrar com o Papa Francisco no Vaticano tendo feito um convite para uma visita ao Iraque.

Na ocasião, D. Louis Sako – um dos próximos cardeais da Igreja Católica – salientou que “o Papa conhece bem a situação do Iraque, está bem informado”, e está “pronto” para visitar o país, faltando então apenas assegurar as questões de segurança.

O líder da Igreja Caldeia apresentou mesmo um programa para a visita do Papa ao Iraque. Uma visita em que o Santo Padre iria a Ur dos caldeus, para uma Liturgia da Palavra ecuménica; Bagdade, para saudar as autoridades religiosas e políticas, e a Erbil, para uma Missa.

O Papa Francisco tem acompanhado de perto a situação da comunidade cristã no Iraque vítima da violência dos jihadistas do ISIS, o auto-proclamado Estado Islâmico.

Os cristãos que viviam em aldeias e vilas na Planície de Nínive e em Mossul foram obrigados, em 2014, a fugir para o norte, para a região do Curdistão iraquiano, perdendo tudo o que tinham e ficando desde então à mercê da solidariedade da comunidade internacional.

Desde então, a Fundação AIS tem desempenhado um papel crucial não só no apoio para a sobrevivência material e espiritual destas famílias, como na recuperação das habitações e das igrejas na Planície de Nínive,  campanha que está a mobilizar todos os secretariados internacional da Ajuda à Igreja que Sofre, para que o regresso a casa dos cristãos possa ser possível.


Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal

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