Quatro
dias de música, dança e atividades para toda a família é o que
propõe a 5ª edição do festival Lá Fora. Organizado pela Fundação
Eugénio de Almeida, este festival é um dos pontos altos que marca a
atividade cultural da Fundação e da cidade de Évora.
O
Lá Fora
- Festival
Internacional de Artes Performativas
chega à sua quinta edição com um formato renovado e uma
programação recheada de desafios. Para quem já o conhece como para
quem agora lhe chegue, é um reencontro e um recomeço!
São
quatro dias de programação intensa, convocando públicos muito
transversais para espetáculos de dança, performance, música e
multimédia, numa abordagem multidisciplinar das relações entre os
espaços patrimoniais da Fundação Eugénio de Almeida, emblemáticos
da cidade de Évora, e as artes que os celebram e abrem à vivência
dos públicos da cidade.
Com
direção artística de José Alberto Ferreira este é já um
festival que marca a agenda cultural de Évora e dos eborenses, não
só pelo envolvimento com o público e os artistas locais e
internacionais, mas porque acentua a rica programação cultural de
uma cidade que ser candidata a Capital Europeia da Cultura.
Dia
7
Abertura
com duas propostas, ambas no Pátio pequeno do carismático Páteo de
S. Miguel.
A
primeira, de carácter performativo e com um desafio lúdico na
participação, apresenta O
flautista, dos
catalães Llobet & Pons. Um flautista recebe mensagens da
audiência, previamente vertidas para morse. Aquele código
transforma-se, assim, na base para a interpretação (livre) do
flautista, que nesta sessão de abertura do Lá Fora é Carlos
Bechegas, um dos mais conceituados músicos da cena experimental
portuguesa. A sua versátil flauta estará ao serviço do público,
lendo musicalmente o que cada um escrever e enviar.
Logo
depois, é a vez de o projeto Sequin
(a eborense Ana Miró) apresentar as suas mais recentes músicas e
arrebatar os presentes com a sua voz envolvente e doce e com os seus
ritmos hipnóticos e dançantes. Com o seu terceiro disco acabado de
lançar Born Backwards), Sequin tem feito uma carreira exuberante e
chega agora a Évora para mais uma etapa calorosa desse caminho.
Dia
8
O
dia abre com uma visita em forma de dança aos espaços do Centro de
Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida. O Plano de mármore,
as Casas Pintadas, o Horto e os pátios interiores são o cenário
para esta proposta da Companhia Instável, que traz a Évora seis
jovens coreógrafos e bailarinos para criarem, especificamente nestes
lugares, uma série de trabalhos que aproximam o corpo do espaço —
tanto dos bailarinos como dos espectadores. Uma proposta a não
perder, porque reinventa pontos de vista sobre os espaços ao mesmo
tempo que se oferece como coreografia para espectador.
À
noite, são dois os concertos que animam o palco principal do Páteo
de São Miguel. A abertura da noite está a cargo da Orquestra de
Jazz de Évora (OJE), com um repertório festivo e caloroso
interpretado por jovens músicos saídos (na sua quase totalidade),
do curso de Jazz da Universidade de Évora. Logo depois, é tempo de
Cais Sodré Funk Connection (CSFC). Nascidos no coração do bairro
boémio que lhes dá o nome, em Lisboa, os Cais Sodré Funk
Connection são apaixonados pelo funk e a soul. A experiência deste
grupo de veteranos da música portuguesa, que no seu conjunto reúne
elementos dos Cool Hipnoise, Orelha Negra, Mr Lizard, Cacique 97,
banda de Sérgio Godinho, entre outros, garante a sabedoria
necessária à produção do mais contagiante groove. Sem hipótese
de não dançar!
Dia
9
Joana
Guerra traz a sua
música secreta, serena e profunda ao Jardim do Páteo de S. Miguel.
A voz e o violoncelo de Joana Guerra regressam à cidade que primeiro
a viu neste formato (em 2011). Com um percurso vertiginosamente
ascendente, Joana Guerra tem tocado em diversas formações e
contextos disciplinares, com destaque para o teatro e a dança. Em
cada performance há como que um mistério revelado no cruzamento da
voz e do violoncelo.
Os
ingleses Reckless Sleepers trazem ao Lá Fora um trabalho com
coreografia da belga Leen Dewilde. No Pátio de Honra do Centro de
Arte e Cultura, A
String Section
apresenta-nos cinco mulheres envergando um vestido preto e entrando
em cena como para um concerto clássico. Sentadas em cadeiras que vão
paulatinamente destruindo sem delas saírem durante os 45 minutos da
peça, estas bailarinas confrontam-nos com imagens que convocam
pontos de vista abertos sobre as cadeiras do universo doméstico,
sobre o vestido que as caracteriza, os corpos que se apresentam em
des-equilíbrio imponderado, o esforço efetivo exigido de cada
performer…
À
noite, no Pátio das Colunas do Centro de Arte e Cultura, António
Bexiga e Cristina Viana apresentam Quando
as sereias são pássaros,
concerto multimédia desenvolvida no âmbito do Serviço Educativo da
Fundação Eugénio de Almeida e livremente inspirado nas sereias e
outros seres fantásticos que povoam os frescos das Casas Pintadas,
convidando um público mais familiar a reencontrar esses seres
noutras formas e animados de novas linguagens musicais e de cena.
O
Festival Lá Fora
cruza-se com o EA Live
Évora que tem início
neste dia, no Páteo de S. Miguel, com os concertos de Lince
e Dead Combo.
Enquanto Lince, projeto da Sofia Ribeiro, abre a noite com as suas
histórias e ritmos de forte cariz eletrónico, os Dead
Combo, com álbum
novo em 2018, apresentam-se em Évora em quinteto, formação menos
habitual e motivo acrescido para ir ver ou rever esta banda mítica
da música portuguesa, liderada por Pedro
Gonçalves e Tó Trips.
Dia
10
A
manhã de domingo assiste ao encerramento d o Lá Fora com o Projecto
migratório de
Catarina Garcia e Sofia Aires. Um carro transporta, esconde, acolhe e
mostra dança, viajando com humor pelas ruas em frente ao Centro de
Arte e Cultura e ao Templo Romano. Repete, em loop, a cada meia hora.
José
Alberto Ferreira é diretor artístico do Festival Lá Fora e assume
desde janeiro a direção artística do Centro de Arte e Cultura da
Fundação Eugénio de Almeida. É docente no Departamento de Artes
Cénicas da Escola de Artes da Universidade de Évora, onde leciona
disciplinas da área da história e estética do teatro. Fundou
e dirigiu o Festival Escrita na Paisagem (2004-2012), plataforma
transdisciplinar de criação contemporânea que situou no Alentejo
inúmeros projetos de criação internacionais.
Programa
Lá Fora
Festival
Internacional de Artes Performativas
5ª
Edição
Quinta-feira,
dia 7 de junho
Páteo
de São Miguel
21h30
– Llobel & Pons – Flauta Morseuest
Páteo
de São Miguel – palco pequeno
Flauta:
Carlos Bechegas
22h30
– Sequin – Born Backwards
Palco
pequeno
Ana
Miró (voz / programações), Filipe Paes (teclados), Tiago Martins
(baixo) e Gonçalo Duarte (guitarra)
Sexta-feira,
dia 8 de junho
Centro
de Arte e Cultura e Páteo de São Miguel
19h00
– Percursos – Companhia Instável
Performances
coreográficas – Centro de Arte e Cultura
Coordenação
de Ana Figueira
Com
Alexandre
Duarte, Álvaro,
Andrea
Mesquita, Catarina
Garcia, Josefien,
Sofia
Airs.
21h30
– Orquestra Jazz de Évora
Páteo
de São Miguel – palco principal
Orquestra
de Jazz de Évora (OJE)
Saxofones:
alto - Rodrigo Lino, Bernardo Matias.
Tenor:
Ricardo Nascimento, José Andrade
Baritono: Pablo Inda Garcia
Trombones:
Baritono: Pablo Inda Garcia
Trombones:
Flávio
Bolrão, Nuno Lopes, Miguel Bacalhau, João Rasteiro
(tuba)
Trompetes:
Trompetes:
André
Dourado, Jéssica Pina, Hélio Ramalho, Antonio Moreno Torres
Secção Rítmica:
Secção Rítmica:
Vítor
Guerreiro (guitarra), Vasco Sousa (contrabaixo), Mário Lopes
(bateria)
23h00
– Cais
Sodré Funk Connection
Páteo
de São Miguel – palco principal
Sábado,
dia 9 de junho
18h00
– Joana
Guerra
Voz
e violoncelo
Páteo
de São Miguel – pátio pequeno
19h30
– Reckless
Sleepers (UK)– A String Section
Centro
de Arte e Cultura – Pátio de Honra
Coreografia:
Leen Dewilde
Direcção
artística: Mole Wetherell
António
Bexiga e Cristina Viana
Quando
as sereias são pássaros
Concerto
multimédia
21h00
– António
Bexiga e Cristina Viana – Quando as Sereias São Pássaros
Centro
de Arte e Cultura – Pátio das Colunas
21h30
Lince
Dead
Combo
Tó
Trips - Guitarras
Pedro
Gonçalves – Guitarras, Contrabaixo, Melódica, Pianinho
Alexandre
Frazão – Bateria
Gui
– Sopros, Teclas
António
Quintino – Baixo, Contrabaixo, Guitarras
Páteo
de São Miguel – palco principal
Domingo,
dia 10 de junho
11h00
– Catarina Garcia & Sofia Aires - Projeto Migratório
11h30
- Catarina Garcia & Sofia Aires - Projeto Migratório
12h00
- Catarina Garcia & Sofia Aires - Projeto Migratório
12h30
- Catarina Garcia & Sofia Aires - Projeto Migratório
Centro
de Arte e Cultura – Pátio de Honra
A
Fundação Eugénio de Almeida
tem oferecido, ao longo dos anos, uma programação regular de
iniciativas em torno da divulgação da arte contemporânea e da
música, da promoção do conhecimento, da reflexão e do debate de
ideias, e da formação. A preservação e valorização do
Património, bem como a qualificação do Voluntariado têm sido
áreas preferenciais do trabalho da Fundação ao serviço da
comunidade.
Cinquenta e cinco anos após a sua criação, a Fundação Eugénio de Almeida dá seguimento à obra do seu Instituidor – Vasco Maria Eugénio de Almeida - constituindo-se como um elemento proactivo de convergência e congregação de esforços para o desenvolvimento da região de Évora.
Cinquenta e cinco anos após a sua criação, a Fundação Eugénio de Almeida dá seguimento à obra do seu Instituidor – Vasco Maria Eugénio de Almeida - constituindo-se como um elemento proactivo de convergência e congregação de esforços para o desenvolvimento da região de Évora.
Preços:
Dia
7: 3€
Dia
8: 6 €
Dia
9: Bilhete EALIVE Évora 10€
Dia
10: entrada livre
Passe
de 3 dias: 12 €
A
String Section: entrada livre
Quando
as Sereias São Pássaros: 2 €
Bilhetes
à venda no Centro de Arte e Cultura.
Nos
dias dos espetáculos, bilhetes à venda
no
Centro de Arte e Cultura até às 19h
e
na Coleção de Carruagens a partir das 19h.
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