16 de Março: Homenagem a Clara Menéres


Por ocasião da sua participação na exposição 'WAH! We are here!' / 'Estamos aqui!', que esteve patente no Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida, de 17 de março a 1 de julho de 2018, um grupo de artistas decidiu criar um conjunto de obras de homenagem a Clara Menéres (1943-2018), artista, amiga e professora,
Na sessão que terá lugar no dia 16 de março, às 15h00, apresentam-se estas obras integradas no catálogo da exposição, bem como testemunhos e reflexões em torno da vida e da obra de Clara Menéres.
Entrada livre.
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WAH! (We are here! / Estamos aqui!)
A exposição WAH! (We are here! / Estamos aqui!) apresentou trabalhos de 20 mulheres artistas distribuídos por disciplinas como instalação, vídeo, bio-arte, escultura, pintura, desenho, gravura e fotografia. Pensada sob o signo das periferias, temática que presidiu à programação para o ano de 2018 do Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida, WAH! procurou distinguir a criação com assinatura feminina.
Obras de Alice Geirinhas, Célia Domingues, Carlota Jardim, Clara Menéres, Cristina Oliveira, Cristina Tavares, Coca Froes David, Estrela Faria, Joana Gancho, Leonor Serpa Branco, Margarida Lagarto, Maria Leal da Costa, Marta de Menezes, Noémia Cruz, Rita Vargas, Sónia Godinho, Susana Marques, Susana Pires, Susana Piteira e Virgínia Fróis preenchem as salas e o Jardim Norte do Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida.

Clara Menéres
Nasceu em S. Vítor, Braga, em 1943 e faleceu em 2018. Estudou escultura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde foi aluna de Barata Feyo, Lagoa Henriques e Júlio Resende, tendo concluído a licenciatura em 1968 com a apresentação do trabalho A Menina Amélia que vive na Rua do Almada.
Expôs individualmente pela primeira vez em 1967. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris de 1978 a 1981; doutorou-se na Universidade de Paris VII em 1983; foi Research Fellow do Center for Advanced Visual Studies do MIT (Massachusetts Institute of Technology) entre 1989 e 1991.
Iniciou a atividade pedagógica na Escola Superior de Belas-Artes do Porto; entre 1971 e 1996 foi professora na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (atual Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa), onde exerceu o cargo de Presidente do Conselho Diretivo de 1993 a 1996; foi Professora Associada e, depois, Professora Catedrática na Universidade de Évora, onde lecionou de 1996 a 2007.
Participou em inúmeras exposições, individuais e coletivas, nomeadamente: Exposição 73, Sociedade Nacional de Belas-Artes, 1973 (onde apresentou Jaz Morto e Arrefece, uma representação escultórica realista de um soldado morto com a farda da guerra colonial, inspirada no poema «O Menino de Sua Mãe», de Fernando Pessoa); Alternativa Zero, Galeria Nacional de Arte Moderna, Belém, 1977 (apresentou Mulher-Terra-Vida, uma obra poderosamente simbólica conotada com a Land Art); XIV Bienal de S. Paulo, Brasil, 1977; Anos 60, anos de rutura: uma perspetiva da arte portuguesa nos anos sessenta, Lisboa 94, Capital Europeia da Cultura, Palácio Galveias, Lisboa, 1994. Entre as suas exposições individuais podem destacar-se: Galeria Borges, Aveiro, 1967; Galeria Divulgação, Porto, 1968; Galeria Nasoni, Porto, 1987; Loja do Desenho, Lisboa, 1988; Jadite Gallery, New York, 1990; CAVS-MIT, Cambridge Massachusetts, U.S.A., 1990; Cooperativa Árvore, Porto, 1991.



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