A Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz tomou posição na reunião de câmara de 24 de abril sobre o troço Évora/Caia na ligação ferroviária Sines/Caia. O Executivo Municipal discorda do projeto porque “não inclui um cais de carga na área de intervenção dos municípios de Alandroal, Borba, Estremoz, Vila Viçosa, Sousel, Redondo e Reguengos de Monsaraz” o que “contribuirá para um desgaste das rodovias que ligam estas localidades, pois as estradas facilmente se danificarão com o transporte de mercadorias a ser efetuado para outro cais de embarque”.
A autarquia de Reguengos de Monsaraz considera “a inelutável importância que a produção de vinhos e dos mármores representam para esta sub-região e que o seu elevado potencial exportador justifica, de modo inequívoco, a inclusão de um cais de carga na área da intervenção dos referidos municípios, até como forma de serem compensados pelo simples atravessar do seu território”. Por isso, “o traçado da ferrovia e articulando-o com a rodovia existente, torna-se lógico e adequada a solução da construção do referido cais de carga no concelho de Alandroal, mais concretamente onde os dois traçados são paralelos e próximos, de modo a reduzir custos, compatíveis com o valor do investimento total, porquanto a segunda Estação técnica prevista no projeto, além de se situar na zona proposta, já tem acessibilidades e outros custos assumidos”.
Na tomada de posição, o Município de Reguengos de Monsaraz associa-se aos municípios de Alandroal, Borba, Estremoz, Vila Viçosa, Sousel e Redondo, que “manifestam a sua total discordância pelo projeto da ligação transfronteiriça Évora-Elvas/Caia, por não prever um cais de carga na área de intervenção destes seis municípios, investimento este que consideram consubstanciar um forte contributo para o desenvolvimento desta região em vários níveis e para o combate ao envelhecimento da população do Alentejo”.
O Executivo Municipal deliberou por unanimidade “realizar todos os esforços junto da tutela para a inclusão neste projeto do referido cais de carga, quer por uma razão de coerência territorial, quer pelo impacto positivo de reforço da coesão económica e social, apresentada pela Unidade de Missão para a Valorização do Interior do País”, mas também remeter a deliberação ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, a quem solicita uma reunião de trabalho para as autarquias exporem a sua proposta “por a considerarem positiva e exequível com custos bastante reduzidos e de grande importância para a região”. Esta deliberação será também apresentada na próxima reunião da Assembleia Municipal de Reguengos de Monsaraz.
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